Nesta noite, não há maior tristeza do que a minha.
lembro do passado e suspiro
olho para os lados e não vejo ninguém
meus olhos estão cansados
minha vida se esvai em gestos
beirando o desespero
mas sem nunca se entregar totalmente.
não quero que minha dor seja relativizada
sei que minha dor não é pouca
penso com raiva na indiferença
que tantas e tantas vezes já me foi oferecida –
por aqueles que mais amei.
o desgosto me vem à boca.
não quero saber das palavras de quem
"pouco pode fazer"
eu quero que minha dor seja ouvida,
eu quero que ela seja levada em consideração
em cada gesto ou palavra dirigida a mim.
não sou idiota,
sei quando alguém
desvia do "assunto"
fingindo que não vê;
por conveniência
própria.
e é neste momento
que eu sei
que não vale a pena
dividir nem dor
nem alegria
com este tipo
mesquinho de pessoa.
mas é dessa forma que
tudo acontece
durante quase todo o tempo.
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