terça-feira, março 30, 2010

cerveja

e há sempre
a
Cerveja .


Ser quando não se é.


beber cerveja pelos cantos.
beber sozinho.
beber.


nascer de noite
e morrer de manhã.

tantas e tantas vezes.tantas e tantas latas.

mas falta algo,
sempre falta.






O que aconteceu comigo?


o que há conosco?

sempre a mesma coisa.Sempre a cerveja pela tarde enquanto se anda pela rua se sentindo tão só.

De tempos em tempos
aquela nuvem cinza
volta pra nos visitar.

como uma estação do ano

como um estado mental patológico

como uma doença viral alojada no corpo que dormia encubada.



subitamente
sentir o peso da miséria humana em uma tarde calma,
e o vazio da sua vida na eterna rotina,
e a sensação de estar sempre deslocado.
Ser estrangeiro,
ser a naúsea.

voltar sempre para as mesmas situações...
e de novo
e d e n o v o e d e n o v o . . .




apêndice: Swinging man

addendun: Eterno retorno em micro escala ?