domingo, setembro 02, 2012

Os soluços graves dos violinos suaves

Começo uma carta – que se quer extensa – para um certo alguém. Ela então se inicia dizendo assim: "Você não se importa". Que fazer depois de tal constatação, já que a carta toda se mostra inútil.
Angústia.

Coligação Partidária

Agora que tenho as fotos,
já não há mais quem as queira olhar.
nem ela,
nem eu.

(...)

Está frio aqui; o Sol já nasceu e se insinua na estante de livros.
não que seja de grande importância,
mas sou o único que – agora – sabe disso.

Aqui, ninguém sabe onde estou.

Estou aqui.

(..)

... e os grandes pensamentos serão sempre solitários.

... é na solidão que você poderá ouvir as palavras morrendo antes de saírem da sua boca ...

... mas também na multidão...

... é quase igual ...

(...)

a virtualidade do poema
o impede de ser real.

no pior sentido.
[Delete]

(...)


Aqui, neste espaço,
é onde mentimos acreditar em nós mesmos.

Acreditar na mentira
já um terço de verdade.

Acreditamos em mentiras.
Acreditamos em Nadas.

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