Os anos passam e eu não sei se envelheço ou se fico mais jovem.
Quando a gente passa muito tempo sozinho, uma certa forma de pureza se conservar, mas também uma forma de despertencimento, muito mais forte e abrangente, toma conta.
A inocência se vai aos poucos, dando lugar à uma rigidez fria da alma; uma torre de marfim nos oculta do mundo. Não totalmente, ainda podemos ver e sentir, mas com menos intensidade.
Quanto à mim, o fogo permanece; o sentimento de revolta ainda vive, mas já com alguma melancolia.
Talvez eu seja um jovem velho, com medo de viver; talvez apenas alguém triste, esperando ... por algo ou por alguém.
Mas é certo que... [não sei.]
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