terça-feira, outubro 22, 2013

(mais uma) noite lenta

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minhas ilusões estouram antes mesmo de se formarem
quase nada
não dá nem mais para sentir coisa alguma

você fica em casa
coletando memórias
que não pode jogar fora
como naquele programa de tv

ouço a chuva

a brisa é fresca
ao menos

mas, o menor movimento é tão difícil
os olhos fitam o vazio
porque não há nada mais
só um corpo em pé.

a chuva aumenta
abaixo a música





não sei
é tudo tão
patético
faz qualquer sentimento
que se repete
tornar-se banal
não vale a pena falar
não é grande coisa

não vale o tempo
nem a dor

bom, não sou eu que digo isso
são as reações

telas brancas
e um papo furado


você me pede
para ir ver o mundo,
mas não há nada lá

era o que dizia um
garoto de 17 anos

faças as contas
estamos reduzidos a isso

os pensamentos terríveis costumam vir à noite, 
 o pôr-do-Sol é fatal

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