11/01/2007

7 da manhã.7:30 da manhã matando moscas.Pequenos diabinhos voadores gritando.berrando.vociferando."Você é parte da merda".Por que mentimos tanto pra nós mesmo?Não é bom,mesmo que gostemos disso.De morrer todo dia um pouco.Ainda sinto cheiro do vômito.aquela pilha de biscoitos mastigada e regurgitada,é como um sonho,só que quando acordado.
Tentei um maldito seriado hoje,um daqueles de "adolescentes",não sei que porra de velho que escreve aquilo,mas me deixa mal,sempre me deixa.Como podem glorificar aquilo,não é real,por mais que o velho tente,não é real,pode divertir um pouco,mas em certas partes é dificil de engolir.Ele te alimenta com falsas esperanças,como se vc fosse um ganso,enfiam o cano na sua boca e ele vai direto para o cérebro,com seus finais felizes.Ninguém faz tanta merda e escapa.Nem todo mundo sobrevive a essa fase.Nem todo mundo tem conserto-ou recebe a ajuda certa.Eles nunca retratam do jeito que eu vejo,nunca.Alguns acreditam,mas não é desse jeito tão bonito e legal.Depois que o shopping fecha os trabalhadores rastejam para suas tocas.De qualquer forma é divertido as vezes.
(Enquanto escrevia isso meu bluão escorreu da minha perna de uma maneira parecida com a quando alguém puxa ele devagar.peguei ele e abracei junto ao meu corpo enquanto um calafrio desceu pela minha espinha-isso me fez perceber que eu estava sozinho no quarto)
2
dificuldades pra dormir só isso.dias ruins e vazios se abatem sobre esse idiota aqui.não é só isso."O amor é um cão dos infernos",ele é uma bosta,mas lá estámos nós fazendo o que ele quer que façamos,alguns relutam,outros são só idiotas,uns querem só dar uma foda,mas estamos todos lá,de pé as cinco da manhã ou a merda que for,faça chuva ou furacão.
gastamos a maior parte do nosso tempo com futuro não é?trabalhamos semanas inteiras para ter 1 hora no domingo.gastamos preciosos momentos cultivando nossas "relações políticas" para termos algo pra fazer algum dia-se estivermos livres.todo aquele esforço para 5 segundos orgamáticos apenas-que os franceses até chamam de "la petite mort” (“a pequena morte”).Pro inferno.
3
Odeio eles tanto o quanto não consigo viver sem eles:somos parasitas um do outro.)